Algo da vida

O que foi sonhado numa vida,

Desmanchou-se com o ar.

Do que foram sonhos e carinhos,

Fumaça se tornou.

Nem compreensão,

Nem sequer afeto,

Somente um desejo para saciar.

Novos velhos amores,

Outros caminhos,

Que se cruzam com o nosso.

Se foi prazer,

Prazer em conhecê-la,

O abandono inesquecível.

Das promessas quebradas,

Errei ao dizer que era minha.

Não possuo, não tenho posses,

E do esquecimento vivo,

Num labirinto de dúvidas.

Se o amor foi sincero,

Se o erro foi somente meu,

Não diga nada nesta noite fria,

Apenas procuro abrigo,

Para o vazio que ficou.