BALADA DE AMOR
Há uma poesia nítida
rabiscando minhas retinas.
As palavras esvoaçam
feito garças bailando
pensamentos azuis.
Estilhaçam-se os versos
em mil pedaços
e se soltam alados
ao sabor do vento
como fachos de luz.
Dedilho minha guitarra
brilhante de sonhos
e a garganta rouca
afina a emoção
dessa balada de amor:
“O tempo passa
e a afeição permanece.
O vento sopra
e o coração se aquece.
Quem ama, jamais esquece.”
(José de Castro, Natal/RN, 19/10/06)