Doces primaveras...

Doce irmão que das paixões primaveris

Fez-se escravo e da mais vil desilusão

Ele que, tão sempre amante, sem razão

Se esvaírem, reparou, seus sonhos infantis...

Sua amada que há pouco fez-lhe tantas juras

Ela, de promessas, traiu-lhe o coração

E dessas promessas, muito mais loucuras

De loucuras muitas, fez sobrar o não...

Que dirá o tempo desse amor ferido

Se feridos mais os ternos tempos idos

Distanciam da memória nítidas imagens?

Apartaria para sempre os corpos lidos

Pelos olhos, pouco a pouco e mais sorrisos

Voltar-se-ia da saudade essa miragem?

Jacqueline Rezende
Enviado por Jacqueline Rezende em 21/12/2010
Reeditado em 06/01/2011
Código do texto: T2683602
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