Doces primaveras...
Doce irmão que das paixões primaveris
Fez-se escravo e da mais vil desilusão
Ele que, tão sempre amante, sem razão
Se esvaírem, reparou, seus sonhos infantis...
Sua amada que há pouco fez-lhe tantas juras
Ela, de promessas, traiu-lhe o coração
E dessas promessas, muito mais loucuras
De loucuras muitas, fez sobrar o não...
Que dirá o tempo desse amor ferido
Se feridos mais os ternos tempos idos
Distanciam da memória nítidas imagens?
Apartaria para sempre os corpos lidos
Pelos olhos, pouco a pouco e mais sorrisos
Voltar-se-ia da saudade essa miragem?