Ousada

Foi teu eu desconhecido por ti
Que sem bater a porta, adentrou-me
Quem me dera ser impiedosa
Na medida exata de te inquietar
Despertando em ti a malignidade
De desejos obscenos para em mim realizar
Tatuar-te a pele, o corpo, a alma
Ousar tocar teu espírito sagrado
E profanar teus santuários desatinados
Pois já ousaste além dos meus limites
E de mim sugas o néctar lentamente
Num emaranhado de sortilégios
Dentro das minhas entranhas...