DESABAFANDO COM AMOR

Quantas vezes eu precisei de um cobertor,

E me passei por um para que o outro não passasse frio,

Em quantos sorrisos escondi tantas lágrimas

Para não ver o outro chorando...

Engoli tantos desabafos para escutar o outro...

Escrevi em tantos papéis as palavras

Que ficaram engasgadas no tempo,

Servindo de alento como um desabafo proferido

Aos quatro cantos do vento sem que ninguém

Ouvisse nada, era um segredo meu, do tempo,

Do vento, de Deus e de mais ninguém,

Em quantos abraços me encontrei,

abraçando a mim mesma,

Sem querer perder o jeito de como abraçar,

Apertando meus braços,

sentindo que sou humana,

Que de carinho eu precisava, e não achava,

Tanta gente a olhar para mim,

Mas eram desejos insanos,

E não era isso que iria preencher o meu vazio,

Era de um coração sensível, humano

Que soubesse me amar,

Na falta, aprendi a conviver com Deus e comigo,

Sei o que é viver sem esperar no outro o abrigo

Que o outro não tem para dar,

Não são todas as pessoas que sabem amar,

Amar não é para qualquer um,

Não confunda desejo com amor,

Uma coisa não tem nada a ver com a outra,

O amor doa, sofre, perdoa, se possível,

Abre mão de sua própria felicidade

Para ver o outro feliz.

O verdadeiro amor sabe como amar, respeitar,

esperar, sabe que o sexo não vem em primeiro lugar,

é complemento, é momento sagrado, especial, criado

por Deus para aqueles que realmente sabem o que é o AMOR.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 20/12/2010
Reeditado em 20/12/2010
Código do texto: T2681825
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