Ao Mar

Vem que há tanto a desvendar...

Deixa eu te mostrar outros caminhos

Deixa eu te tocar

Te namorar

Falar besteira

Abrir o champanhe

Ascender a lareira

beijar o seu corpo

te fazer carinhos

E se você não vem

Deixa que eu vou

Te mostrar lugares

te contar segredos

ao pé do ouvido

Escorrer meu suor entre os seus dedos

Perturbar você, porque eu não ligo

para o seu discurso confuso

indeciso e indecente.

para as suas palavras cortantes

e o seu jeito indiferente

Não vou deixar você fugir de mim

nem respirar

nem me deixar

como bilhete de amor na garrafas

sem destino e sem resposta

solto no mar,

a deriva...

Como uma estória sem fim.

Silvia Arcoverde
Enviado por Silvia Arcoverde em 19/10/2006
Código do texto: T268145