DESENCONTRO
Não olhes para traz.
Apenas guarde contigo
A nossa condiga de ninar
Para te ninar nas noites frias
Para te acalentar na solidão
Ou para te fazer lembrar
Que és o meu menino
Meu mimo, meu encanto.
Meu pedacinho de cristal
O meu mais bem amado amor
Vai...
O tempo está ao teu favor
As vidas que eu vivi
Não podem te esperar
E por amar-te tanto
Não posso sugar o teu vigor
Tens uma vida inteira para viver
E quero que vivas para um outro amor
Não te prendas a mim
Não sou a tua prenda
Eu pertenço ao mundo
E no mundo eu já criei raiz
Vai,
Deixe-me, já sei lidar com a solidão.
Às vezes o amor é comparsa da razão
E quando é amor no sentido real da palavra
“Tudo suporta”, até a dor do desencontro.
Vai,
Enquanto a minha ilusão ainda é felicidade
Ficarei em paz com o teu amor.