O amor para se olhar
O amor pelo que não temos. Cheguei a acreditar, por tempos a fio, que esse era o flagelo maior. Mas eu me rendi. Melhor aceitar a condição. Portanto: Eu gosto do não ter. O amor que eu não tenho jamais degenera. Pois me ronda, me olha, cuida de mim, até! Parece gostar desse jogo de querer e não querer, de transgredir, de imaginar. Ele me desconcerta. E eu gosto.