PERDÃO PRÓPRIO...
Eu já me perdoei
Por ser o que sou
Já não dói tanto
As inconseqüências
Deste amor bandido
Que aposta no perdido
Tira leite das pedras
E não se conserta
Nem nas transparências
E as tantas displicências...
Desse jeito de ser criança
Mas para que ser adulto?
Em um mundo só de astutos
Sinto que perderei a poesia
Se me preocupar em demasia
Para que sentimento de culpa?
Se bagunçar-me noutra folia
Sem a pureza limpa da alegria
Gosto mesmo é da estripulia
Nesse jeito louco de se doar
Na vontade ébria de te amar
Hildebrando Menezes