Tardes na São Paulo

Lá na rua São Paulo, onde o arvoredo

Refresca as tardes tépidas de estio

Trabalha minha fada, minha cinderela,

Embalada pelo som suave dos rios.

As flores brilham quando ela passa

Os rouxinóis trinam ternos cantos

Do céu, qual chuva de brancas pétalas

Cobre-lhe o seio com sublime encanto.

Os moços estupefactos ficam suspirando

Enquanto ela à brisa do sol bronzeado

Solta as belas tranças sobre os ombros

Para seu gentil rostinho seja iluminado.

Meiga, a fada flutua em seu passo...

Escondido, fico a fitá-la com ternura...

Jubiloso sorriso emana dos seus lábios

E até o sol inebria-se com tal doçura.

A fada prende o cabelo, e maviosamente

Lança um sorriso saliente e feiticeiro...

Vela o seio, e com seu jeitinho, ingênuo

Provoca os senhores do mundo inteiro.

Verdes campinas...com sua fragrância

Agitam-se, e coloridas borboletas...

Flutuam entre as cristalinas nuvens...

Enquanto sua voz desperta os poetas.

Nos mares distantes, golfinhos saltam

Sobre as ondas, quando seu corpo pomposo

Levanta-se com meiguice, e quando sua...

Frágil mãozinha toca o talhe gracioso.

E nos florescidos bosques, as crianças

Admiram sua angelica delicadeza...

E atônitas dizem:'' olhem, é a fadinha

Com suas tranças, repletas de beleza!''

Dionatan

Dionatan
Enviado por Dionatan em 18/12/2010
Reeditado em 18/12/2010
Código do texto: T2679492