Tardes na São Paulo
Lá na rua São Paulo, onde o arvoredo
Refresca as tardes tépidas de estio
Trabalha minha fada, minha cinderela,
Embalada pelo som suave dos rios.
As flores brilham quando ela passa
Os rouxinóis trinam ternos cantos
Do céu, qual chuva de brancas pétalas
Cobre-lhe o seio com sublime encanto.
Os moços estupefactos ficam suspirando
Enquanto ela à brisa do sol bronzeado
Solta as belas tranças sobre os ombros
Para seu gentil rostinho seja iluminado.
Meiga, a fada flutua em seu passo...
Escondido, fico a fitá-la com ternura...
Jubiloso sorriso emana dos seus lábios
E até o sol inebria-se com tal doçura.
A fada prende o cabelo, e maviosamente
Lança um sorriso saliente e feiticeiro...
Vela o seio, e com seu jeitinho, ingênuo
Provoca os senhores do mundo inteiro.
Verdes campinas...com sua fragrância
Agitam-se, e coloridas borboletas...
Flutuam entre as cristalinas nuvens...
Enquanto sua voz desperta os poetas.
Nos mares distantes, golfinhos saltam
Sobre as ondas, quando seu corpo pomposo
Levanta-se com meiguice, e quando sua...
Frágil mãozinha toca o talhe gracioso.
E nos florescidos bosques, as crianças
Admiram sua angelica delicadeza...
E atônitas dizem:'' olhem, é a fadinha
Com suas tranças, repletas de beleza!''
Dionatan