Abre, sou eu
Vivo longe de ti, mas que importa,
Se em mim não deixaste de morar ?
Comigo estás, rondo à tua volta,
Ouço a tua voz, sinto o teu olhar.
Estou presente em todo o lugar:
No dia claro, na noite morta,
Eu sou o Sol no céu a brilhar,
Sou o Vento que te bate à porta.
Quando o dia cai, não vou embora.
Se aqui onde estou não há mais hora,
Quero dormir presa nos teus braços …
No silêncio da noite eu vou chegar …
E, lá fora … Escuta … Esses passos …
Abre, amor, sou eu ! Deixa-me entrar …