A história de Dom Pablo
De sangue nobre havia um cavalheiro,
E estirpe pura.
Dom Pablo era seu nome.
Seus olhos lembravam um luzeiro,
O sorriso, uma cura.
Dom Pablo? Este seu nome...
Dom Pablo sempre vagava perdido
Sem certo o rumo.
Morada era onde estivesse.
Porém seu semblante mantinha-se erguido,
Sem perder o prumo.
Dom Pablo fazia o que quisesse.
Até que uma estrela do céu desprendeu-se
E veio pra terra.
Mudar toda esta história.
O peito cegado por sentimento rendeu-se.
A paz virou guerra:
Buscar para sempre a vitória.
Dom Pablo entregou-se ao que nunca sentira
Ao novo sentir,
E assim experimentava...
Uma flecha o peito do nobre ferira
“Quem dera o porvir!”
Ai! Dom Pablo amava...
“Amar uma estrela, senhor solitário”?
Zombavam assim,
Os que o nobre invejavam.
“Se ela é distante, te tornas otário,
E queres assim
O que só teus olhos alcançavam”.
Mas que importa? Dom Pablo viveu feliz.
Da mesma maneira.
Seu querer era a estrela, era ela.
E o nobre viveu, assim, do jeito que quis.
Viveu sua vida inteira.
Pensando na estrela, Rafaela.