Ao olhar-te
A limpidez de um sorriso tem a dulcifluencia do encanto
E consigo o méleo acalanto que vem a alma embeber
Deixando-a então se envolver, como o permitir-se enlevar
Como quem ousa sonhar e no sonho então se entreter
E assim, ao olhar de relance, sem nos teus olhos se ater
Como se a alma a temer não o possa mais desviar
Como se a pudesse encantar e os olhos então em regalo
Não ouvissem um ruído, um estalo, que a fizesse voltar
Pois tal encanto que exalas e vem ao recanto espraiar
Onde está a alma a ficar, sorridente e encantada
Tendo a imagem querida, aquela decantada em poesia
Aquela que traz alegria, por mais longe que esteja do olhar assim afastada.