Como acomodar em mim a inquietude que me invade
Por que iria aquietar uma suave festa no meu coração
Onde danço descalçada e nua um contentamento
Tal qual uma floresta durante uma ventania sui generis
Em que seus perfumes se misturam
E um agradabilíssimo olor é exalado pelos ares
Como fosse mirra em gotas
E sândalo em escândalos de delícias de odores únicos?
A que se prestaria evitar tal façanha que assanha meu coração
Se tudo mais que poderia almejar seria a presença de um bem querer
Que se deliciasse no mesmo buquê que guardaria para oferecer?
Que haja festa, uma folia no meu núcleo de criação e criatura que sou
E que perdure no espaço do possível desejável
No imprescindível da subsistência sempre misteriosa