TRILHAS DIAGONAIS (INSENSATEZ DO CORPO NU)
Madrugada, é noite alta
e todo sussurro
compõe a lira
eu aqui te desejando
em cada broto e gomos
orvalhos:
trilhas diagonais
artefatos, rastros de insensatez
e as veredas flutuam
em milhões de melodias – e o
canto se desaba no ponto certo
da fotografia
páginas inteiras, glândulas
em atentas volúpias
e chuvisca suor
um avião, um tigre
o lóbulo incontido
e a pérgula viscosa
destilam tempestade
no arrecife
da concha exata
(e risca-se o fósforo...)
e uma resina translúcida
cheirando a sexo
singra a colméia
do corpo nu
sentimentos:
voam livres
como as gaivotas
as margens
da desabotoadura da camisa
e o amor se descalça
tal e qual
veemente
diante da vitrine
Madrugada, é noite alta
e todo sussurro
compõe a lira
eu aqui te desejando
em cada broto e gomos
orvalhos:
trilhas diagonais
artefatos, rastros de insensatez
e as veredas flutuam
em milhões de melodias – e o
canto se desaba no ponto certo
da fotografia
páginas inteiras, glândulas
em atentas volúpias
e chuvisca suor
um avião, um tigre
o lóbulo incontido
e a pérgula viscosa
destilam tempestade
no arrecife
da concha exata
(e risca-se o fósforo...)
e uma resina translúcida
cheirando a sexo
singra a colméia
do corpo nu
sentimentos:
voam livres
como as gaivotas
as margens
da desabotoadura da camisa
e o amor se descalça
tal e qual
veemente
diante da vitrine