Puro acaso

Foi naquela noite que saí de casa,

por acaso.

A noite estava boa, animada,

mas não completa.

Parei admirando,

tão bela, tão formosa, tão perto,

por acaso.

Por acaso,

mesma sintonia, perfeita sinergia.

A conversa agradavelmente fluía.

Fomos nos conhecendo, nos envolvendo.

Confessou: saiu naquela noite,

por acaso.

Noite estrelada, clima agradável,

areia da praia, pedra redonda,

você, eu,

o beijo.

A noite estava boa, animada,

completa,

por acaso.

Outras noites vieram,

boas, animadas,

completas.

Nos conhecíamos, nos reencontramos,

por acaso.

Concluo: o acaso dá lugar ao destino.

Uma noite uniu, outra separou.

Era chegada a hora.

Voltei para onde vim morar

por acaso.

Aqui tenho noites boas, animadas,

mas não completas.

Noite estrelada, clima agradável.

Onde está a areia da praia, a pedra redonda,

você, o beijo?

Será que o acaso

por acaso, devolverá

aquela noite boa, animada,

completa?

Aprendi com a vida, com o destino,

por puro acaso.

Fecho os olhos,

tudo está aqui dentro:

noite estrelada, clima agradável,

areia da praia, pedra redonda,

você, eu,

o beijo.

O acaso tem seu ritmo,

o destino tem seu caminho.

Noite estrelada, clima agradável,

areia da praia, pedra redonda,

um beijo…

Alex Dahlke
Enviado por Alex Dahlke em 14/12/2010
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