VAMOS DAR UM TEMPO...
Se uma me olhava com
olhos beatíficos,
a outra já nem me olhava,
pois apenas
brandia em mim o seu olhar
de passado recente.
Como se da passagem
assíncrona
de minhas intenções...
brotassem camélias e não
rosas reluzentes.
Agora meu tempo se dividia
num jardim... onde
as relvas, antes dóceis, agora
estavam sendo
tomadas por um mato bravio
difícil de conter.
Flores cresciam tão depressa
que se tornava
impossível dizer qual delas era
a mais formosa.
E eu tinha sempre de me lembrar
que nem sendo
a rainha das flores eu amava
a mimosa mais mimosa.
Era como uma ternura que não se
podia deixar de ter,
porque na festa de todas as cores,
um suave
amarelo em mim ganhava vida,
e me fazia lembrar
de você,
apesar de saber que no branco
você me
deixava tonto de prazer.
Eu sei sim...que dar tempo é
sempre necessário,
quando a terra se cansa e se
exaure de sua fertilidade.
Sim...terra...recupere tuas
forças que produzem esse
clímax dos renasceres todos.
Sim...eu nem quero ouvir ventos
levando flores.
Nem aquelas palavras que eram
já ecos de mil outras,
e que a cada dia se repetiam
como sinos
dobrando seus comoventes sons...
Ame você... ame sim...
Amo eu... amo sim...
Amemos nós...
Você lá e eu aqui...
Porque estamos no tempo de
dar-se de presente
o próprio tempo fugidio...
Recebo te ti teu tempo.
Receba de mim meu tempo.
Vamos dar mesmo um tempo.
Tuas estórias serão contadas
para as estrelas,
e eu contarei as minhas para
a deusa Lua,
porque há luas que são
confidentes nas frias e quentes
noites apaixonantes.
Daquelas noites em que como
Lua...refletem
seu amor dizendo: você não
é o poeta que
eu conheço...você é um outro.
Um outro vestido de ti.
Essas palavras não são tuas
e esse não é você.
E eu insistindo que era eu,
pois me sentia em mim
mesmo... como nunca.
Agora possuía nesta noite
dois rostos bem marcados:
um que olhava
para a Lua...e outro que
olhava para a estrela cadente.
Hum...era mesmo um momento
para ser prudente.
Sim...muito mais que ardente.
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Autor: Cássio Seagull
Poesia que fiz em 14-12-10 às 18 h em SP
Lua crescente – chuvas – 22 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Se uma me olhava com
olhos beatíficos,
a outra já nem me olhava,
pois apenas
brandia em mim o seu olhar
de passado recente.
Como se da passagem
assíncrona
de minhas intenções...
brotassem camélias e não
rosas reluzentes.
Agora meu tempo se dividia
num jardim... onde
as relvas, antes dóceis, agora
estavam sendo
tomadas por um mato bravio
difícil de conter.
Flores cresciam tão depressa
que se tornava
impossível dizer qual delas era
a mais formosa.
E eu tinha sempre de me lembrar
que nem sendo
a rainha das flores eu amava
a mimosa mais mimosa.
Era como uma ternura que não se
podia deixar de ter,
porque na festa de todas as cores,
um suave
amarelo em mim ganhava vida,
e me fazia lembrar
de você,
apesar de saber que no branco
você me
deixava tonto de prazer.
Eu sei sim...que dar tempo é
sempre necessário,
quando a terra se cansa e se
exaure de sua fertilidade.
Sim...terra...recupere tuas
forças que produzem esse
clímax dos renasceres todos.
Sim...eu nem quero ouvir ventos
levando flores.
Nem aquelas palavras que eram
já ecos de mil outras,
e que a cada dia se repetiam
como sinos
dobrando seus comoventes sons...
Ame você... ame sim...
Amo eu... amo sim...
Amemos nós...
Você lá e eu aqui...
Porque estamos no tempo de
dar-se de presente
o próprio tempo fugidio...
Recebo te ti teu tempo.
Receba de mim meu tempo.
Vamos dar mesmo um tempo.
Tuas estórias serão contadas
para as estrelas,
e eu contarei as minhas para
a deusa Lua,
porque há luas que são
confidentes nas frias e quentes
noites apaixonantes.
Daquelas noites em que como
Lua...refletem
seu amor dizendo: você não
é o poeta que
eu conheço...você é um outro.
Um outro vestido de ti.
Essas palavras não são tuas
e esse não é você.
E eu insistindo que era eu,
pois me sentia em mim
mesmo... como nunca.
Agora possuía nesta noite
dois rostos bem marcados:
um que olhava
para a Lua...e outro que
olhava para a estrela cadente.
Hum...era mesmo um momento
para ser prudente.
Sim...muito mais que ardente.
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Autor: Cássio Seagull
Poesia que fiz em 14-12-10 às 18 h em SP
Lua crescente – chuvas – 22 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
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