Adormecido
Com o corpo ainda tonto. Consegui chegar a floresta.
Com sorte, tive apenas um pequeno corte na testa.
A noite gris estava soturna e densa.
Meu medo ainda tinha uma forte presença.
Vinho de sangue.
Da cor do mangue.
Tempestade de mágoa.
Raios de dor. Coração d’água.
Trevas, lagrimas,flor e horror.
Fim do meu mundo.
Que evanesceu no fundo.
Olhar avassalador.
Brilho que muda de cor.
Inspiração da minha vida.
Jóia rara sofrida.
Pesadelo e alucinação.
Tu és a divina perfeição.
Estou virando um anjo.
Você não sabe que eu te manjo.
Ser sem rosto e nome.
Lendária paixão que morre de fome.
No com paço e descompasso da ilusão.
Freia o contra paço, repasso do meu coração.
Bailando ele e a sofreguidão.
Grande responsabilidade severa.
É a flor que a primavera espera.
Rogério Chagas