...Na noite em que te amei....
Dentre todos os afazeres dessa utópica vida minha,
há o mais incoerente: pensar em você!
Vê-lo como fonte de carícias e desejos!
Ah! Como seria fatigoso se não fosse assim tão incomum o reflexo de minha alma quando o vejo.
A palavra essencial culminadora de toda a angústia e receio: medo!
Sinto-o agora quando prestes a entregar meu coração; dignamente assumo que já me tocou as têmporas com forte desejo de carne e que, além de permitir, fui eu quem o quis por inteiro, primeiro.
Meu corpo assumiu uma posição de resgate.
Inebriou-se em seus braços atentos à minha fraqueza.
Que desplante o seu!
Ainda perguntou-me se era minha certeza...
Claro que não!!!
Tão incerta quanto à minha loucura!
Mas, tão certa quanto o meu desejo pelo teu corpo!
Tão magnífica foi a nossa união de corpos!
Pena é, que nunca é só isso que me cala a alma!
Agora, uma noite já me passou despercebida e mais um amanhecer você já possui da minha vida.
E, o que ainda hei de querer desses meus dias?!
Ellen Cristina Caponi