...Na noite em que te amei....

Dentre todos os afazeres dessa utópica vida minha,

há o mais incoerente: pensar em você!

Vê-lo como fonte de carícias e desejos!

Ah! Como seria fatigoso se não fosse assim tão incomum o reflexo de minha alma quando o vejo.

A palavra essencial culminadora de toda a angústia e receio: medo!

Sinto-o agora quando prestes a entregar meu coração; dignamente assumo que já me tocou as têmporas com forte desejo de carne e que, além de permitir, fui eu quem o quis por inteiro, primeiro.

Meu corpo assumiu uma posição de resgate.

Inebriou-se em seus braços atentos à minha fraqueza.

Que desplante o seu!

Ainda perguntou-me se era minha certeza...

Claro que não!!!

Tão incerta quanto à minha loucura!

Mas, tão certa quanto o meu desejo pelo teu corpo!

Tão magnífica foi a nossa união de corpos!

Pena é, que nunca é só isso que me cala a alma!

Agora, uma noite já me passou despercebida e mais um amanhecer você já possui da minha vida.

E, o que ainda hei de querer desses meus dias?!

Ellen Cristina Caponi

INSÔNIA
Enviado por INSÔNIA em 13/12/2010
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