Adeus, solidão...


O amor chegou sorrateiro na hora madura
Não pediu licença e foi logo se instalando.
Colocou seu retrato na mesinha de canto
O sorriso amigo enfeitando a moldura.

Invadiu os espaços e os vazios da alma
Comeu da minha comida e marcou o colchão
Num ardor acariciante que seduz e acalma
Desarvorando os batimentos do coração.

Chegou de improviso, mas veio para ficar
Tomou conta da casa, do jardim e do porão.
Abriu portas e janelas de par em par...
Em seu caos amoroso perdeu-se uma solidão.


-Helena Frontini-