FÊMINA

FÊMINA

Após a terra que separou os oceanos

Após o verde

O firmamento

Após as estrelas e ao homem

Deus viu que não era bom...

A criação seria indelicada

Covarde

Passional

O mais fiel retrato do caos

A verdade mentirosa

A absoluta invalidez

No poema Divino faltava o título

A arte final

Que desse vazão e razão à terra

Ao firmamento...

Às águas

Ao verde

Às estrelas

E ao homem

Um ser chamado “sentimento”

Força

Ternura

A condescendência entre o certo e o errado

Que direcionasse a vida

A própria vida capaz de gerar vidas

Detentora de todas as lágrimas do mundo

Que gerasse ao próprio Deus

Mãe...

Mulher...

Religare...

Fêmina...

O caminho à eternidade...

Sergio Ildefonso 25.02.07