Refúgio
Quando ouço a chuva na janela,
Lembro-me da vida.
O som do despertar me ressuscita,
Salva-me da máquina suicida.
A sensibilidade das minhas pálpebras
Intensificam-se com o pesar,
Da dor de dúvida no coração
Com uma talvez ilusão.
Fecho-me inteiramente com medo
De viver uma paixão
Pois sei que um dia posso me abrir
E me quebrar no chão.
As letras aparecem com facilidade,
Situação inversa da segurança
Que insiste em vacilar
Fazendo-me vitima de uma mente vulgar.
Quero me abrir para o mundo,
Viver na emoção.
Abrir os olhos para os pássaros
E voar junto com a multidão.
Que ama de olhos fechados...
O meu refúgio no coração.