Quantas vezes?
Quantas vezes eu morri em teus braços,
na ternura, no furor,
despindo-me inteira num olhar incisivo, ativo,
acorrentando-me aos teus caprichos de amor.
Sonegação de sentidos nos gritos madrugada a dentro.
Pensamentos em desalinho num ninho de rebentos, prazeres,
em teus e meus quereres...
Quantas vezes me açoitavas a língua faminta, sacana,
percorrendo-me o corpo introduzindo-me com calma, devastando-me a alma.
Absolutismo oculto ou exposto,
na composição do desejo fragmentado.
Atentado ao pudor despudorado
em cartéis redimensionados, compulsão.
Colisão de rotas, fracionadas na tentação,_ no tesão!
Ardendo-nos, compondo-nos insensatez de profano descuido.
Reacendendo acasos, coibindo a saudade no laço do abraço apertado,
Faminto de bocas, de coxas, de corpo...
Quantas vezes!
Edna Fialho
Quantas vezes eu morri em teus braços,
na ternura, no furor,
despindo-me inteira num olhar incisivo, ativo,
acorrentando-me aos teus caprichos de amor.
Sonegação de sentidos nos gritos madrugada a dentro.
Pensamentos em desalinho num ninho de rebentos, prazeres,
em teus e meus quereres...
Quantas vezes me açoitavas a língua faminta, sacana,
percorrendo-me o corpo introduzindo-me com calma, devastando-me a alma.
Absolutismo oculto ou exposto,
na composição do desejo fragmentado.
Atentado ao pudor despudorado
em cartéis redimensionados, compulsão.
Colisão de rotas, fracionadas na tentação,_ no tesão!
Ardendo-nos, compondo-nos insensatez de profano descuido.
Reacendendo acasos, coibindo a saudade no laço do abraço apertado,
Faminto de bocas, de coxas, de corpo...
Quantas vezes!
Edna Fialho