Olor ao vento

Vago além neste momento,

Com um vago no coração

Preenchido pelo vento,

Intocado pela desilusão.

Guardo em meu peito um ninho.

Até quando jazerá sozinho?

Cada acariciar desta brisa

Me desperta à alma nostálgica,

Vivências que não tive enfatiza,

Anseios que a razão não explica.

Dá-me tanto alívio quando sofro.

Donde emana o místico sopro?

Este ar completa minh’alma,

Quando permaneço carente

Presenteando-me com o aroma,

Com o sentir desse amante.

Porque não cedo ao abatimento?

Por tua (estranha) presença ao vento.

Lótus da Noite
Enviado por Lótus da Noite em 12/12/2010
Reeditado em 12/12/2010
Código do texto: T2667030