Olor ao vento
Vago além neste momento,
Com um vago no coração
Preenchido pelo vento,
Intocado pela desilusão.
Guardo em meu peito um ninho.
Até quando jazerá sozinho?
Cada acariciar desta brisa
Me desperta à alma nostálgica,
Vivências que não tive enfatiza,
Anseios que a razão não explica.
Dá-me tanto alívio quando sofro.
Donde emana o místico sopro?
Este ar completa minh’alma,
Quando permaneço carente
Presenteando-me com o aroma,
Com o sentir desse amante.
Porque não cedo ao abatimento?
Por tua (estranha) presença ao vento.