Se de amor eu morresse...
Se de amor eu morresse, embora nunca,
O amor matou nenhuma criatura,
Se alguém morreu, foi vítima d’alguma agrura,
Que no coração sua adaga cruel finca.
Eu morreria por seu prazer e liberdade
Coração e corpo em sintonia
Morreria eu de amor com alegria
E daqui, sei, não teria a menor saudade.
Se em minha alma o amor fosse à causa
De acaso, desse mundo, abandonar,
Eu por certo em outra vida iria amar
Pois, que dele, ela nunca fará pausa.
Sendo assim, vida afora, vou amando,
Não importa em que espaço ou tempo viva
No amor eu me empenho em tentativa
De seguir deixando ele no comando.