Para me amar
Lá vem essa música novamente
Novamente lá vou eu no embalar dela
De tempos em tempos lembra-se de mim
Ligados estamos por telepatia
Percebe ela a melancolia na qual estou afundado
Essa mulher, tal como uma sereia, que me tira do fundo
Do fundo do poço que me meti.
E lá estão as telas
Belas como ela
Acachapantes com cores, amores, dores, odores
E aqui estou, esforçando-me por encontrar palavras
Palavras em meio às lágrimas tristes de fim de ano
Lágrimas que se misturam na tela atrapalhando o meu teclado
E a música toca, enquanto não canso de ver as telas
Já lhe disse que vê o que não sou
Não sou o que ela pensa que sou
Sou um nada perto do que realmente ela é
Veja com quem ela anda acompanhada
Com ela os dias ficam mais suportáveis
Penso no dia de cada vez
E ao vê-la se lembrando de mim
Também lembro de minha respiração
Dos soluços, dos sustos, dos medos e da alegria em saber
Saber que em algum lugar...
Nesse mundo da virtualidade
Existe uma mulher, uma fada suave
Que do mar perde o seu maravilhoso tempo e talento para me amar.
Lúcio Alves de Barros
Para fada do Mar Suave (Dezembro de 2010)