O amor da princesa
No coração de uma princesa,
encontrei a delicadeza,
do sentimento de amor,
mesmo diante da dor.
Outrora, na Arábia você vivia
na abundância do trono e na companhia
de um príncipe soberbo e tirano,
muito egoísta e desumano,
que lhe fora designado em casamento
por imposições de interesses de momento.
A sua vida era faustosa e emoldurada
nas convenções, mas na intimidade torturada
por ciúmes doentío e por exigências
de atitudes de fingidas aparências.
Um dia, você que fora sempre resignada
estava na relva admirando a beleza da madrugada,
contemplando o sol nascente embevecida,
quando alguém se aproximou, e envolvida
em suave vibração você se virou
e seu olhar, um outro olhar encontrou.
Era um novo serviçal, um jardineiro
qe vinha trabalhar em seu primeiro
dia nos jardins do palácio real,
com muito entusiásmo pela tarefa inicial
Os olhos falaram o que as palavras não podiam.
Era a voz do amor que os dois ouviam
no imo da alma em doce melodia
unindo seus corações em perfeita harmonia
Os séculos passaram e essa recordação
permaneceu viva em ambos com emoção.
Mesmo com os percalços dos caminhos
povoados de sofrimentos e de espinhos,
as almas que um dia se amaram
tanto, e, por tantas estradas andaram
continuaram a se procurar e a se encontrar,
porque nunca deixaram de se amar.