Amada Amiga
De ti me mato, amada amiga,
de borboleta à flor da pele
e rosa exposta à nudez dos olhos,
de cravo rubro sangrando lua
e lava em beijo a queimar a alma.
De ti me mato quando me apunhalas
com olhos plenos de estrela em fuga
e me respiras com os lábios ávidos
roubando os versos que guardei na boca.
De ti me mato, amada amiga,
quando me feres de ternura enferma
e me arrebatas do azul do dia
para eu nascer, uma vez mais, de ti.