POR MORTE DE AMOR

por Regilene Rodrigues Neves

Eu um ser medíocre e tolo

Que se acovardou

Ante os flagelos que o amor me causara

No medo bruto de um ser sensível,

Mulher de alma frágil

E face romântica

Que matara o amor na sua vertente

Para não causar-lhe mais dor.

Agora sofro da solidão vadia

Que em mim pernoita

E vigia dias solitários

Á ermo de um destino cético...

Quis um dia sentir-me amada

Enxergar-te com os olhos da alma

E entregar meu coração ao teu

Sem antes sentir-me usada

De forma vulgar,

Por ser meu amor

A essência da poesia que ama

Cheia de sentimentalidade

Que se dá inteira

Sem usar-te apenas por bel-prazer!

Ao enxergar-te assim:

Recuso-me a ser apenas teu vicio

Que se sacia da minha carne

Sem importa-se com minha alma

Que te louva ao som do coração!

Preferi escrever-te poemas solitários

Cheios de versos verdadeiros do meu amor...

Que experimentar na noite

Sonhos...

Que sonhei ao teu lado

Confessos de poesia

Onde te entrego meu corpo e minha alma

E ouço teu coração falar-me de amor!

Sentindo teu corpo febril

Gritar que me ama

Arrancando-me essa dor insana

De amar-te por morte de amor...

A ser-te apenas uma aventura

Ou mera loucura sem amor!...

Em 08 de dezembro de 2010