Encanto dos ventos

Ao meu amor em nada serei desatento
Porém, com tanto esmero e intensidade
Que mesmo diante do maior desalento
Eu possa dele sentir uma ponta de felicidade.

Cada instante quero tê-lo com alacridade
Em seu respeito hei de esquecer lamento
Cantar meu canto e espalhar sua bondade.

Ao seu regozijo ou seu descontentamento
E, busque-me, assim quando anoitecer
A dor talvez flagelo de quem não saiba sofrer
E a solidão, para quem não ama um alento.

Só eu sei o grande afeto que a ti reservo
Que possa ser mortal, cheio de bons ventos
E encanto, sem tormento a vida ao enaltecer.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/12/2010
Reeditado em 08/12/2010
Código do texto: T2659433
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