PEQUIM
“Se voltasse no tempo, percorreria todos os caminhos que andei, e cometeria todos os erros em que errei,
Só que bem mais cedo”
Desconheço o autor.
PEQUIM
Vou nausear sua fonte adestrada para a dança, me alcança!
Vou saciar seu bailado, ao teu lado em um palco de Pequim
Vou me deitar, junto a ti e recitar poesias...assim...
Te contar que não se conhece o mundo apenas em uma viajem
Que as lágrimas que escorrem aos seus pés são pequenas amostragens
O sol imponente, mas insuficiente para nos aquecer
Loucuras, delírios, viagens, sangrias que tentamos esquecer
Percorremos vielas e castelos em pleno anoitecer
Sua leveza raquítica e poética de uma semideusa, bailarina
Na suavidade que percorres os palcos de Pequim, me emociono pequena menina
Os refletores estendidos sobre sua silhueta, desenhada em nanquim
Epopéia de amor vivida e retratada aos sonhos mandarins
Paris, Nova York ou Berlim de todas tinha que ser em Pequim
Sua pele clara como o puro marfim
Seus pequenos olhos, como os de serafins
Escondes dentro de ti mistérios maiores que os da “Cidade Proibida”
Virgem convertida
Aos pecados e malícias vindos de mim
Que te mostrei os caminhos da vida e os preços da morte
Coloquei dados em suas mãos para que escolhesses sua própria sorte
Tracei nas linhas de tuas mãos o leste e o oeste, o sul e o norte
Linda, trabalhada em mãos, jóia em porcelana
Agora escolhas, me odeias ou me amas.
Sérgio Ildefonso Mar/2004