REENCONTRO DE NOSSO
AMOR...

 

Bem no meio dos alucinantes
ruídos da avenida,
de repente alguém acenou
da passarela alongada,
e logo veio vindo diretamente
em minha direção.
 
 
Em breves instantes ela...
agitando seus
cabelos longos,
estava
abraçando-me com toda aquela
saudade que deixara em mim,
desde aquele  
dia em que fez as malas e partiu
para Oxford.
 
 
Sim...tinha de reconhecer que seu
abraço ainda era o mesmo,
porque nela
habitava um serzinho muito especial.
E seu calor
e sua maneira natural de me amar
eram também os mesmos.
 
 
Nisso...ainda abraçados nos demos
aquele beijo de saudade.
Esse que quando se dá depois de
tanto tempo não
queremos  mais deixar
E tem-se a impressão que os lábios
não se contentam,
porque não querem se separar,
 
 
como se dissessem:
este beijo tem de durar por toda
a saudade sentida.
E na verdade ela era mesmo uma
beijoqueira nata,
pois com seus beijos ela sempre
queria mais e mais.
 
 
Seus beijos viajavam em mim,
e sempre tinha sido assim.
E eu brincando...sempre lhe dizia:
olho por olho,beijo por beijo.
Ela dava um...
eu dava outro...
e tudo parecia tão infantil,
mas não era...
nós nos  amávamos.
 
 
Vivemos de beijos e carinhos
até que ela viajou
repentinamente a trabalho.
Hum...parece que eu adivinhara
que iria encontrá-la na avenida...
neste hoje... de céu azulíssimo.
E só pude encontrá-la,
porque ela tinha de ir ao dentista...
 
 
Assim...mesmo nada sabendo
desse dentista...
eu a agradecia por ter
marcado hora no consultório
dele.
E se ela não fosse cuidadosa
fazendo check-ups regulares,
não a teria encontrado.
 
Ah...esse encontro de um
amor repentino !
Logo a avenida nos engoliu
no meio da multidão.
E nos milhares que por nós
passavam...todos apressados,
nós tínhamos uma certeza:
amor e paixão
seguiam nossos passos.
 
 
Paramos na esquina seguinte...
para mais um beijo.
Ela me abraçou mais forte e
alegre me disse:
Nossa !!! Nossos beijos ainda
são os mesmos...
Hum...amor...como nossos
beijos não existem !
E então eu simplesmente lhe
disse: não...não há.
E só por isso...na próxima
esquina nos beijamos de novo.
 
Exultante...e sorrindo...ela de
novo repetiu:
Hum...como os nossos não existem...
não amor ?
E eu tive  de concordar...simmmmm !!!
 
Eram mesmo bons !!!

 

 
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Autor:Cássio Seagull
Poesia que fiz em 07-12-10 às 19 h em SP
Lua nova – sol – 29 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
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