SEM MODO NEM FORMAS

Às vezes, me pergunto

O que você quer de mim.

O que você quer que eu saiba

Se você não sabe me ensinar

A viver esse amor sem dor.

Se você faz desse amor

Um amor impossível

Que se torna intranspirável

E dói sem ópio nem morfina...

Dói seco, quente como uma febre

Sem antitérmico.

Dói como se pertencer

A alguém doa, ou seja, uma prisão

Um exílio...

Eu não quero me dar

A um coração que só suporta o menos.

Que só sabe querer o pouco

Aos poucos...

Eu quero deste amor

A grande liberdade

De não ter modos nem formas

Para que eu possa me ser nele...

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 07/12/2010
Código do texto: T2657681