Oh! Jovem, desprovido de compostura!
Quando expões esse teu olhar entediado
que nos revela piedade e amargura
enfada-nos teu aspecto descompensado.

 

Onde anda a brandura da tenra idade?
Como podes mergulhar nessa fúria negra,
desperdiçar toda a sua singularidade
angariando para si um mundo sem regra?

 

Há de custar caro esse torpe caminho.
Cobiças as vontades que distanciam
do bem, da família e dos carinhos,
Impune, ficam _à queles que te aliciam.

 

 

 Mesmo que o brado da razão lhe mostre,
Continuas a avançar desmedidamente neste rastro.
Nem mesmo  os olhos de amada latejante
inibe tua trajetória .Pensas que sóis um astro?!

 

Segues como se buscasse o infinito de amor torpe.
Nada o faz despertar ,vais sem  olhar para trás.
Abres todas as portas.Pouco te importas com a sorte!
Deixas por caminho alma inconstante ,sem paz.

 

Acorde, deixa-te levares por clarão contido no coração.
Volte,tome em teus braços sedenta  gêmea alma.
Esqueças infecundo devaneio que arrastou-te à escuridão.
Ame -te por inteiro ao lado de musa  que te acalma

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Texto produzido em parceria Diná Fernandes e Regina Ferreirinha
 

Regina Ferreirinha
Enviado por Regina Ferreirinha em 06/12/2010
Reeditado em 06/12/2010
Código do texto: T2657393