Num sorriso me perdi
Sem intenção, sua aparição me cativou.
Soneto alado em noites de música suave, diáfana.
Perfumadas pérolas que ofuscava a Lua, era o teu olhar.
Aparição que exalava os cheiros de um bosque em flor.
Perdi-me de amor no teu sorriso incisivo,
como se, de um ramalhete de flores fascinantes
despontasse 
nuances caprichosamente  envolventes, 
a  abrir-me espaço de frescores,
no seio do céu da tua boca.

Como um carretel de fitas acetinadas
desenrolando-se em magias, eu te seguia

sentindo-me encantada rendendo-me ao presente que,
envolto em nuvens de branco cristal
a mim era ofertado com lacre de ouro.

Acaso ou traçado do destino se apresentou,
e uma revolução imensa se precipitou
me elevando a um templo de amor.

De súbito perdi-me à tua aparição poderosa.
O sorriso marcante, a tez angelical, os olhos de enigmas,
trazias insígnias e logo após um sorriso tênue,
cativante se fazia, eu sonhava te tocar.

Num sorriso me perdi e não precisou palavra.
Condenada ao êxtase que envolve, amordaça a delírios,
não precisou de nada, nada além de um sorriso,
para que, como uma escrava eu te alcançasse.
E foi assim que me perdi de mim.
Edna Fialho
 
 
edna fialho
Enviado por edna fialho em 06/12/2010
Reeditado em 17/08/2012
Código do texto: T2656570
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