ESCRAVO DO CORAÇÃO

Haverá cena mais patética do que aquela encenada pelo apaixonado?

Haverá maior fuga do real e maior idealização?

Como pode, o apaixonado, até nos movimentos mais singelos do seu amor ver beleza?

No observar de suas pequenas mãos, nos seus menores sorrisos, na sua doce respiração...

E o coração bate e sofre, bate e sofre, sofre e bate

Simplesmente porque não desfruta do objeto de sua paixão

Seu destino é o sofrer

Sua vida é feita de suspiro e de anseio

O pensamento nunca está aqui, mas sempre distante

E por mais que pense ou tente raciocinar

O sentimento o tritura

Pobre daquele que se apaixona

Pobre e escravo de seu próprio coração

Frederico Guilherme
Enviado por Frederico Guilherme em 06/12/2010
Código do texto: T2655797
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