Monalisa , receios … não distância

Mesmo na insegurança de nossas promessas

Os lírios em mim mantém-se apaixonados , fazendo coro ao que quiseres

Minha loucura é a mais sensata

E a minha pureza atarefa-se em te fazer minha também

Mas “homens são imperfeitos” , não canso de te ouvir dizer

Eu não sou homem , sou o que és

Um ser ímpar , que por outro ser respira

Até transpira , inigualáveis sensações

Meu receio é não te seguir

E me angustiar eternamente por não te abraçar todo dia

Acabar sozinho no cume de um medo hipotético

Fechado para tudo , e eu não ser mais como tu és

Abrirei a janela , tudo bem … o sol ainda está lá

E ao ver a noite , o escuro ainda me causa saudade de te sentir

Mas não te encontro , minhas mãos flutuam no espaço vazio

Toco um lençol sem corpo , um sofá distante ... tuas mãos , onde estão ?

Vou te perguntar tudo o que quero saber

E vou te explicar tudo o que preciso sentir

E ainda vou te dar tudo o que prometi , e venha a prometer

Na esperança de obter resposta , carinho … de te ter aqui

Me acostumei com a ideia de que existimos

E me apaixonei , por provar da existência em mim , nos teus braços .

Daniel Sena Pires - Monalisa , receios ... não distância (10/10/2010)