O despertar do desconhecido

Sinceramente, hoje nada importa

nem o sorriso contido

ou a saudade da nossa inadequação

tal como os outros a quem me neguei.

Sei que por dias fui feliz

como nunca soube ser.

Gozei de uma felicidade tranquila e satisfeita

que nada parece mais querer.

Eu poderia lhe dizer

não foi só você.

A maturidade

bate a porta

e me faz entender

que o momento é tudo

e no resto pensarei (ou não) amanhã.

Mas não poderia esquecer

sua voz de gato manhoso

alternada com argumentos inusitados

que despertam o desconhecido.

LUCILA GRACINDA
Enviado por LUCILA GRACINDA em 05/12/2010
Código do texto: T2655138
Classificação de conteúdo: seguro