Você esquece que é mulher
Que a natureza de Eva segue um curso único
Rio nascente na raiz pintada
Dos cabelos curtos de Helena
Fluxo misterioso de saber infindo
Aguia portentosa de garras de aço forjado
Montanha mágica neurolinguística
Venus adorada pela lua cheia e estrelas do mar
Filete harmonioso que desce lúcido
Do santuário da razão
Eros versus Psique
A carne precisa do homem
Como a floresta de Calisto necessita do sol
Yang para aquecer , iluminar pérolas
Tirar da escuridão da solitude
Para o uni_verso mirabolante das sensações étereas
Você esquece que é mulher
Joana que é furacão e tempestade
Rosangela que nasceu para o pecado
Que tem calores admiraveis durante o dia
E a noite se transforma em femea de poetas
Yin buscando prazeres ocultos de deusas
Fruto maduro a espera de lábios úmidos
Pele quente aguardando o suor e o prazer
Ritual profano que não pode ser interrompido
Por cima do umbigo de Julieta
O amor tem de existir dentro da boca
Para depois transbordar triunfante
No meio das coxas de amazona
Remanso , descanso , satisfação
Você esquece que é mulher
Que pode mudar o destino com um olhar
Que carrega dois seios macios e suculentos
Que aprecia caricias plenas no xamã das costas
Berenice que precisa de samambaias de metro
Circe que faz dos espelhos de enxofre
Escravos de vidro de sua neleza outonal
Diana que adora perfumes exóticos, cabalísiticos
Folha alva a espera da tinta azul da esferográfica
Haicais soberbos , finamente elaborados
Frases voluptuosas , ardentes
Romances imorais porem imortais enquanto durem
Amantes que nunca desistem de desejos libertinos
Nêmesis de versos libertários, estrofes latinas
Lãminas afiadas vindas conquistar um coração volpino
No mundo estranho da sedução de Eurídece
A linha derradeira , sorte dos dados lançados no pano
Exalta a exulberante Atenas
Rainha suprema de todas as orquídeas
Você esquece que é mulher