Alvorada

Teu olhar semeia,

Tuas pupilas navegam.

Teu rosto incendeia,

Tuas lágrimas regam.

Dos cabelos ondas caem

E nos ombros se abrigam.

Da boca as palavras saem

Para que os sonhos prossigam.

Dispersa a solidão,

Teus lábios que chamam.

As partituras do coração

Dos tristes que amam.

Vida de sonhos inefáveis,

Nuvens ficam na memória.

Sangram corações amáveis

Na despedida consumatória.

Em mim a vida esteve sonhada,

Meu coração vivia repartido.

Um amor em cada alvorada.

De amores... Amores sofridos.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 05/12/2010
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