Alvorada
Teu olhar semeia,
Tuas pupilas navegam.
Teu rosto incendeia,
Tuas lágrimas regam.
Dos cabelos ondas caem
E nos ombros se abrigam.
Da boca as palavras saem
Para que os sonhos prossigam.
Dispersa a solidão,
Teus lábios que chamam.
As partituras do coração
Dos tristes que amam.
Vida de sonhos inefáveis,
Nuvens ficam na memória.
Sangram corações amáveis
Na despedida consumatória.
Em mim a vida esteve sonhada,
Meu coração vivia repartido.
Um amor em cada alvorada.
De amores... Amores sofridos.