Sentimentos guardados
Todo dia olho o sol
Acho que não preciso de coisa alguma
Mas lembro alguém
Conto histórias para o papel
Trabalho tanto e nada planto
Precipitações
O mundo depende
De luz e calor
Bem simples e prático
Penso que obedeço a mim mesmo
Porém sempre estrago o que começo
E esqueço que teremos uma outra manhã
A caneta no chão
A televisão ligada
A luz acesa
Caminho pelas ruas de Morfeu
Converso com desconhecidos
Sinto-me a vontade no outro lado
Um chicano sentado na porta da casa
Com um baralho de tarô
Pego uma carta e ele sorri
Sonhos começam no sofá
Durmo cansado na sala
Dizendo frases gordurosas
O amor não é algo sério
Entretanto o vazio cresce
E perfura os pulmões
Quero fugir da rotina
Da falta de esperança
Mas não posso tudo
Todo dia olho o sol
Acho que não preciso de coisa alguma
Mas lembro alguém