Talvez, talvez

Talvez a Musa volte

e o riso se solte.

Talvez a noite vire dia,

mas sem perder a fantasia.

Talvez termine o talvez

e o medo da insensatez.

Talvez chegue e fique de vez

a certeza de não ser ex.

Novo tempo de poesia não rimada,

de consentida paixão desenfreada

na noite recém inaugurada.

Tempo de tudo e ausência de nada.

Talvez haja nova Fênix renascida

e um cheiro de chuva caída

a parir outra vida.