Lapso de rosas...

Lapso de rosas...

Existem certas regras nas quais nesta vida nos apegamos para podermos sobreviver...

Exigimos muitas vezes de nós mesmos forças ocultas, tais que nem sabemos expressar.

Eu tentei... tentei não demonstrar o quanto fui tola o quanto fui frágil em manter-me nessa expectativa irônica de dividir este sentimento que talvez nunca devesse ter dito ou revelado que buscava.

Mas minha fragilidade esvaziou todas as minhas fugas, todos os meus labirintos e fugiu de mim...

Libertando meu eu.

Quando ainda éramos crianças algumas de nós ouvimos de nossas mães certas historias que diziam de príncipes, lugares encantados, fugas!!!

Eu devia ter caído em si desde então, porque eu fui dessas meninas que não ouviu contos...

Que não sonhou com lugares encantados, ou si quer teve fugas...nem em suas melhores noites, porque minha realidade jamais permitira isso.

E eu vivi os espinhos quando busquei as rosas...

Eu chorei a dor quando pensei ter demonstrado tanto amor que merecia ter algum em troca.

Tive que crescer tão sedo, não tive a chance de dizer que não queria...

Mas tive que aprender a conviver com todas estas regras que nutriram minha vida tola. Me impondo a este mundo cão. E eu vivi o que me disseram que seria, o que me fizeram...

O quanto queriam...

Todos quantos quiseram.

Com o tempo todos os espinhos fizeram sentido...

E minha alma já nem dói tanto quanto antes...

Aprendi a chorar em silêncio.

A sentir cada espinho...

E mesmo quando doer tanto vou fingir que são apenas lapso...

Lapso de rosas.

lapso
Enviado por lapso em 04/12/2010
Código do texto: T2653613
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