Amor
Em verdade é algo único,
Encontra-nos em meio ao lúdico,
Flecha o peito e penetra o coração,
Aglutina-se a alma como uma linda canção.
Responde a estímulos,
Incita a paz,
Traz também inquietação,
Deveras nos satisfaz.
Sentimento arrebatador,
Que inebria o ser,
Energia em forma de ardor,
Um sublime amanhecer.
È a alma dos sentimentos,
Deleitoso e envolvente,
Pode vir a surgir de repente,
Ou hipnotizar lentamente.
Desinibido nos toma por completo,
Altera nossos sentidos ,
Nos faz mudos, surdos e cegos,
Tão multíplice e inerente afeto.
Às vezes doce, outras algoz,
Mil faces de um forasteiro conhecido,
Vive a se transformar enlouquecido,
Este raiar tantas vezes descabido.
Nos visita, faz morada,
E de repente nos renuncia,
Ou é realidade duradoura d’alma,
Ou pura fantasia desta carne viva.