A mesma dor. 

Repete-se a tormenta
Transforma-se a paisagem
Refaz-se a mesma história.
E o tempo vai passando
Eu ficando..

Acomoda-se a aflição no peito
Como se estivesse lá a vida inteira.
Reconhecida farsa..
As farpas ficam a me espezinhar...

São sempre as mesmas falas
e o mesmo silêncio ...
Uma queda de braços,
enfraquecendo abraços
Os sonhos a se esmiuçar...

E segue a vida,
Ramificando os nossos caminhos
Cegando os nossos olhos,
Calando os meus gritos.
Reproduzidos tão constantemente
Que já não se sabe
O que então se sente...

Se é raiva, se é revolta
Se é amor ou se ele foi embora.
Uma única certeza permanece
E a gente até se esquece
O sonho de antes

Apenas sentimos
Seguimos em frente.
Abscondendo uma imensa dor.
 




Cristhina Rangel.
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 03/12/2010
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