Amor de aquarela
Era, de todo amor, o mais fecundo,
Daqueles que se lê lá nas estrelas,
Do fundo de duas almas oriundo
Feito de emoções, sempre as mais belas.
De tudo quanto havia de bonito
Ao, se observar pelas janelas,
Que se abriam à luz do infinito
Viam-se, nesse amor, suas seqüelas.
Algo absoluto... Entrega tanta
Que pareciam anjos, de sentinelas,
A proteger u’a flor que acalanta
O olhar, de mil sonhadas Cinderelas.
Viveu eternamente esse amor
Floriu praças, atalhos e vielas,
Onde passou deixando esplendor
Pintando seu fulgor em aquarelas.