O VENDEDOR DE SONHOS

Veio calmo e sereno como a brisa que chega.

Ofertou-me seus segredos só com sussuros,

E ao ouví-lo abri meu coração que até sorriu,

Pois éram tantas as dádivas todas generosas,

Que os sonhos ofertados com tantas ternuras,

Até minha Alma tão quiz participar das escolhas.

Uma criancinha sorrindo e me acenando feliz,

Foi a primeira escolha que fiz sem vacilações,

Pois queria que tivessem encantos e ternuras,

E fossem amadas com todas as generosidades,

Sendo flores perfumadas que encantam as vidas,

E vê-las sofrer trazem lágrimas e então choro.

Escolhi depois jovens na plenitude das vidas,

Onde deveriam buscar sómente realizações,

E no amor ter alicerces para exercerem sonhos,

Mas que por opções que não se compreendem,

Buscam nas drogas satisfações momentâneas,

E depois vagueiam em trapos corpos definhando.

Tateando aqui e ali encontrei jovens enamorados,

Que demonstram amor para unirem seus corpos,

E diante das promessas de fidelidades mútuas,

No Altar fazem compromissos de jamais se separar,

Só que por vacilações e promessas descumpridas,

Se separam e os filhos perdem suas referências.

Escolhi então os que cumpriram suas duras missões,

Pais que lutaram pelos filhos pelos seus orgulhos,

Demonstrando cansaços trabalhando até a exaustão,

Pois queriam vê-los formados doutores abnegados,

E depois curtirem os netos que sonhavam bem sapecas,

Só que tiveram desprezos e seus corações choraram.

Procurei depois um relembrar de minhas saudades,

Algo que fizesse menção à natureza que tanto amei,

E ví as preocupações muito tristes em seu semblante,

Confidenciando as desgraças que podem acontecer,

E depois de todas as escolhas que preocupado busquei,

O vendedor de sonhos numa brisa suave se afastou.

01-12-2010