MÁGOAS AO MAR
Do mar escuto o som ritmado.
Como um chamado lhe vou ao encontro.
Sacode minh’alma o belo contato,
e me dá o marulho, alegria no confronto.
Nas verdes águas de branco debruadas,
jogo todas as mágoas a serem levadas.
Nem tantas! ... Uma soma minguada!
Mas, quantas que sejam, são logo lavadas!
Na vida se alternam choros e risos.
E, sentida saudade de tempos idos,
é como a liberdade... ventos alísios!
Levam vestígios de então paraísos,
e assim amenizam tempos vividos,
ainda frementes, na lembrança retidos!