ANSEIOS DO AMOR
Um par de linhas
olha o cristal.
Bolas atômica duríssimas,
Calado, munido do nada
engaiola entre vidros
sentado no frio granito
olhando a rua vazia brisa
levando em seus seios
um alimento fresco
que tanto anseia.
Choram pelos telefones
gritam na cara da noite
gemem nas frestas das portas
O amor não é fato,
mas a síntese
que faz o verbo e
carne serem crucificada.
Faz ver no espelho
por aqueles que se dizem
Ser suportáveis,
cria limo nas entranhas
no peito fios em curto circuito,
explodem anseios.