Artesão da Sensualidade

Sou uma ambição desmedida do meu temperamento,

Um insolente criador e escultor de utopias,

Sou um bailarino que verseja tenazmente na poesia

Tentando desvendar raízes carcomidas pelo tempo.

Sou um intruso navegador dos mares bravios

Cujas vagas escondem os segredos das tempestades,

Na titânica luta contra as adversidades

Sou um órfão desvalido massageado por calafrios.

Sou um ambulante das noites de amor

Cuja sensibilidade eclode sem espinhos,

Sou um marinheiro da ternura, engenheiro dos carinhos

Que no perfume das madrugadas acaricia a dor...

Com a esperança de reconstruir a sensualidade do universo,

Sou um artesão que recolhe as tralhas do deserto!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 29/11/2010
Código do texto: T2644532
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